quinta-feira, 24 de maio de 2007

Uma católica gostosa

Sim, também sou católico, apesar de já ter sido ateu, anticristo, Nitzscheniano, e Zen Budista, acreditei até em Buda Cósmico. O estranho é depois de tudo isso eu ter voltado ao mesmo estado em que me encontrava poucas semanas depois de nascer: católico não praticante.

"Católico não praticante". Eis o rótulo, falo apenas para me compreenderem o que quero dizer, pois em muitos aspectos pratico o catolicismo. Mas declaro, ufa!, declarei que em alguns pequenos pormenores é Demônio que me aconselha. Meu amigo, não vou na missa, tenho praticado a arte sexual antes do casamento, tenho uso da camisinha e de outros métodos contraceptivos, e, além disso, não confesso, ou melhor, confesso apenas para você.


Sou católico, tanto quanto ela. Ela? Foi engraçado, era uma moça que eu tinha tentado ficar numa boate.



A estória começa numa boate. Eu bêbado, a música rolando, às vezes ia para a pista dançar ao lado de uma gostosa, às vezes ia para o lado do bar conversar com uma gostosa. Foi então que eu a avistei. Cheguei numa boa, a conversa desenrolou, minha mão deu aquela alisada nas costas dela. Papo vai, papo vem. E eu já tinha quase que aquela certeza interior, até que ela me disse ser católica, tocar na Igreja.



Até aí, tudo bem, eu também sou católico. O problema, e isso era o mais impressionante, ela era o que se pode chamar, sem exagero, de católica praticante. Um exemplar raro, pois mesmo os católicos que vão na missa, em sua maioria, são não-praticantes. Lógico que não descobri de cara que ela era uma católica praticante. Não me parecia, talvez a minha percepção estivesse ofuscada pelo demônio da luxúria. Talvez os vapores do álcool ensebaram minha alma. Sei que enquanto conversava alisava suas mãos, e ia chegando. Mas o assunto foi ficando cada vez mais esquisito. Estava bêbado, não me recordo com exatidão, mas sei que em determinado momento estava discutindo Beethoven, dizendo que eu preferia a sétima sinfonia à nona. Talvez seja motivo de vergonha, mas tentei me gabar para ela de que eu era crismado.



Anyway, o que tenho certeza é que a conversa estava gerando um abismo entre a minha boca e a dela. Sei que tentei, ir por um caminho, ou por outro. Tentei chegar meu rosto perto dela, podia sentir-lhe o hálito doce e perfumado. O já o meu devia estar o inferno, apesar de que ainda não tinha chegado naquele ponto de ficar dando aqueles arrotinhos que a gente solta disfarçadamente de lado, com o canto da boca, para que o cheiro vá na direção oposta.


Em suma, já tinha ficado um puta tempo conversando com ela. E sinceramente tinha me impressionado com a sensibilidade e a pureza dela. Era uma boa moça, bonita, bem educada, e sabia tocar piano, tocava na Igreja, mas...

Mas com uma verdadeira católica "as coisas não funcionam bem assim". Sei que na hora em que perdi as esperanças de beijá-la ali mesmo, não tive outra opção a não ser sair dali, pois você sabe melhor que eu meu amigo, a noite é pequena. Como de costume, e por uma questão de classe, me despedi dela com um "mata-leão", ao que ela girou a cara e se esquivou com grande habilidade. Sempre tento dar um mata leão para me despedir “com classe” de uma mina que não quer nada. É uma técnica excepcional e garanto que já funcionou muitas vezes. Trata-se de uma forma de deixar clara suas intenções para com a mina a fim de que, numa próxima ocasião, ela pense duas vezes em se aproximar de você. Se ela vier, pode ter certeza de que é gol, ela virá sabendo o que esperar de você. E foi o que aconteceu, um ano depois, quando encontrei ela numa situação verdadeiramente inusitada. Do resto da boate, não lembro. Provavelmente não deve ter rolado nenhum esquema.

Depois de um ano a reencontrei, surpreendentemente, sabe onde? Limpei meus olhos para confirmar no que via, numa festa “open bar”. Foi lá que encontrei ela, ela que não bebia uma gota de álcool. Ah, e não foi em qualquer festa open bar, era uma festa que era a verdadeira babilônia, o furdiunço, uma festa que era verdadeira “alegria do capeta”. Mas deixo para um outro post o resultado da festa e as aventura que eu tive com uma católica, não qualquer católica, mas uma verdadeira católica praticante.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Começo

Voltei. Meu objetivo agora é fazer um blog meu. Colocar na tela as minhas opiniões, minhas idéias e meus plágios.

Não pretendo ser original. Acho até meio besta querer ser original. Lendo vários blogs pude perceber como as pessoas se imitam. Mas como nunca uma imitação é perfeita, algumas vezes acaba saindo melhor que o original.

Alguns dos posts são quase que transcrições de conversas de boteco. Não quero, entretanto, a co-autoria. Primeiro porque passar para o papel aquilo que era conversa já exige uma boa dose de arte. Segundo porque não teria ganho econômico algum com isso. Só a chatice poderia me fazer exigir tal coisa.

Assim começo esse blog. Avisando que nele irei colocar a minha própria vida. Eu, Osnei, que estarei escrevendo e contando o que vivi. Apenas a verdade estará presente. A verdade apenas.